Histórico

O monte Grappa é uma serra localizada ao norte da Itália, o qual domina uma planície onde ficam lindas cidades: Verona, Pádua, Vicenza e, às margens do mar Adriático, a esplêndida Veneza. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o Monte Grappa tornou-se uma possibilidade do exército italiano e dos seus aliados – franceses e ingleses – se sobreporem às forças invasoras, representadas por austríacos e alemães. Se os soldados italianos e seus aliados perdessem a batalha os inimigos se espalhariam na Planície italiana e a guerra estaria perdida. Foi uma luta sangrenta onde morreram milhares de jovens italianos na última esperança de salvar a pátria. Mas o “Monte Grappa” não se rendeu e a vitória da Itália e de seus aliados foi certa e de todo o território nacional, até os Alpes, formou a nação italiana.

No meio dos jovens soldados italianos do “Monte Grappa” trabalhava um sacerdote que também era vigário na cidade de Florença. Padre Giulio Facibeni, em meio àquela guerra fez uma promessa para Nossa Senhora: voltando para sua paróquia dedicaria sua vida aos filhos órfãos das vítimas do “Monte Grappa”. E assim foi: em Florença na periferia de Rifredi, Padre Facibeni abriu sua casa para abrigar meninos e jovens que tinham perdido os pais na guerra. Esta acolhida continuou até sua morte e não só os órfãos da guerra mas também meninos com qualquer tipo de problema tornaram-se “filhos de Padre Giulio Facibeni”.

Surgiram muitas casas da “Obra Madonnina del Grappa', título que o Padre Facibeni escolheu em memória de sua promessa dos acontecimentos do Monte Grappa. Logo depois da Segunda Guerra mundial ( 1939 – 1945 ) as casas da “Madonnina del Grappa” encheram-se, chegando a 1.200 “filhos”. Todos tinham o direito de freqüentar qualquer nível de estudo ( Profissionalização, Liceu e Grau Superior ). Tudo estava ao alcance daqueles “filhos”.Em torno de Padre Giulio Facibeni formou-se um grupo composto de padres, leigos, engajados e freiras, que aceitaram o carisma, o estilo de vida e as perspectivas do fundador da Obra Madonnina del Grappa. Hoje este grupo forma uma comunidade, ou seja, uma espécie de sociedade de consagrados que escolheram praticar a vida apostólica.

Os padres da Obra Madonnina del Grappa se dedicam a viver de uma maneira comunitária e responsável, a não possuírem nada para si e a dedicar-se a juventude que sofre o problema da pobreza ou qualquer tipo de dificuldade.

Padre Facibeni morreu em 1958, mas aquele grupo assumiu o seu legado, espalhando a sua obra pela região central da Itália até chegar ao Brasil.

A chegada ao Brasil se deu quando em 1992 a Obra Madonnina del Grappa decidiu-se pela instalação de um Centro com atividades voltadas para os mais pobres de um país de terceiro mundo. Coube a Dom Aloisio Lorscheider, então Arcebispo de Fortaleza e bem relacionado com os dirigentes da entidade na Itália, a tarefa de encontrar uma área para a concretização do projeto. Profundo conhecedor das periferias de Fortaleza, Dom Aloisio escolheu o Bairro da Jurema para receber o empreendimento.

Coube a Padre Alfredo Nesi, membro da Obra Madonnina del Grappa e possuidor de longa experiência educacional na Itália, a tarefa de construir e animar um centro capaz de acolher uma parcela daquela população, buscando meios de promover o desenvolvimento humano e social da mesma.

O Centro é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, de utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal, tendo como atividades principais a Recuperação Escolar, Profissional e Sanitária.


    Fundadores:
    Padre Giulio Facibene-Firenze Itália

























Padre Alfredo Nesi,